Desde o meu diagnóstico,
eu venho lutando todos os dias para que essa doença não me vença. Mas não é fácil.
Todo dia ao acordar eu tento pensar em coisas boas, que me façam sentir bem e
que me coloquem em um lugar melhor. As vezes funciona.
Na última quarta-feira
(2), voltei a frequentar o Centro
de Estudos e Práticas em Psicologia (CEPPSI)
da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Desde
o ano passado eu tenho esse acompanhamento. Antes eu frequentava somente nos
plantões, mas já faz um mês que eu estou tendo um acompanhamento mais presente (essa
palavra pode encaixar melhor). Esse acompanhamento vem me ajudado a descobri as
causas das minhas crises (já estamos saturados com essa palavra, que toda hora
passa nos noticiários, então vou trocar ela por momentos - ).
Depois que sai da consulta,
fui conversar com meu supervisor, pois ele queria falar comigo sobre o meu
pedido de saída do trabalho. Depois da conversa e dos acertos, fui conversar
com o Diretor do meu local de trabalho, pois ele também queria conversar
comigo. Não sabia o que era o assunto que ele queria tratar, mas achei que era
em relação ao trabalho. Me enganei.
O assunto foi totalmente
outro e para a minha surpresa foi sobre Síndrome do Pânico. Ele me pediu para
ler um texto, e com isso fiquei sabendo que ele também tem a mesma doença que
eu. Na verdade, o texto é um prefacio de um livro que ele escreveu sobre a sua
luta diária para controlar as crises. Ainda não comecei a ler, mas já já vou
começar a leitura.
A foto que escolhi para
essa postagem, é uma feita na segunda (7). O local é a Universidade do
Estado da Bahia, um local que eu sempre frequento, tanto para estudar quanto
para me trazer paz. E está ao lado da natureza me traz paz e me dá energia para
que essa doença não me vença.
Falar o que sinto para
muita gente ainda me causa um pouco de desconforto, pois muitos ainda não
entendem o que você tem e ficam te jugando. Mas aprendi que falar e aceitar que
você tem uma doença, mesmo que seja psicológica é o primeiro passo para a cura.
E eu vou sair dessa!
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