Os cinco grandes países emergentes conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) protestaram nesta terça-feira contra a intenção da Europa de manter o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional após a renúncia do francês Dominique Strauss-Kahn.
Em comunicado conjunto, os países protestam contra o que chamaram de "obsoleta e informal convenção" de o órgão ser sempre dirigido por um europeu. "Estamos preocupados com as declarações públicas feitas recentemente pelos responsáveis europeus de alto nível sobre a manutenção de um europeu no cargo de diretor-gerente" do Fundo, destacam.
Os países defendem que o processo de seleção do próximo diretor-dirigente seja transparente e baseado em mérito e competência. Eles defendem ainda que o novo dirigente seja alguém comprometido com o processo de mudança e reforma da instituição "a fim de adaptá-la às novas realidades da economia mundial".
Segundo os países emergentes, as declarações feitas recentemente contradizem o anúncio público, feito em 2007, no momento da seleção de Strauss-Kahn, quando Jean-Claude Junker, presidente do Eurogrupo, disse que o próximo diretor-geral não seria um europeu.
O documento foi firmado pelos cinco membros do Conselho de Administração que representam os Brics: o brasileiro Paulo Nogueira Batista, o russo Aleksei Mozhin, o indiano Arvind Virmani, o chinês Jianxiong He e o sul-africano Moeketsi Majoro.
Strauss-Kahn, 62 anos, renunciou ao cargo de diretor-gerente do Fundo no dia 18 de maio, após ser acusado por uma camareira de hotel de agressão sexual, tentativa de estupro e cárcere privado.
Fonte:G1
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