segunda-feira, 30 de maio de 2011

Secretário-geral da Fifa nega ter dito que Qatar comprou a Copa de 2022

O secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, rebateu a acusação de Jack Warner, presidente da Concacaf que foi suspenso pelo Comitê de ética da Fifa neste fim de semana. Warner disse ter um mail de Valcke no qual o secretário-geral da Fifa fala que o Qatar comprou o direito de sediar a Copa de 2022. O dirigente francês confirmou ter enviado a mensagem, mas disse que usou um tom 'bem menos formal' do que costuma usar. Ele garante também que foi mal-interpretado, pois queria dizer que o Qatar conseguiu o Mundial graças a seu poder econômico, não por ter 'comprado' os votos na eleição que decidiu a sede da Copa de 2022.

Valcke, segundo a emissora britânica BBC, disse também que o e-mail enviado a Warner não deveria ter sido divulgado. Em nota, ele rebateu as acusações.

“O senhor Warner publicou um e-mail que eu mandei para ele. Eu quero esclarecer que talvez eu tenha usado no e-mail um tom muito menos formal que eu uso em qualquer forma de correspondência. Posto isso, quando me refiro à Copa do Mundo de 2022 nesse e-mail, o que eu queria dizer era que a candidatura vencedora usou sua força financeira como lobby para o apoio. Eles eram candidatos com um orçamento muito importante e o usaram de maneira pesada para promover sua candidatura por todo o mundo de uma maneira muito eficiente. Eu não fiz, e nem tinha a intenção de fazer, qualquer referência a qualquer compra de votos ou a qualquer comportamento antiético. Também quero esclarecer que não há, como disse ontem, nenhuma investigação aberta na Fifa sobre as eleições para escolha da sede da Copa do Mundo de 2022.”

Em comunicado, o comitê organizador do Mundial no Qatar também negou as acusações.

Além de disparar contra Valcke, Warner também disse que Joseph Blatter, presidente da Fifa, comprou votos para sua reeleição (o pleito acontece na próxima quarta-feira). Warner foi suspenso pelo Comitê de ética no domingo, acusado de ter recebido suborno, assim como Mohammed bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol. Enquanto durar a suspensão, os dois não podem participar de nenhuma atividade relacionada ao futebol.


Fonte:Globoesporte.com

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