As salas de cinemas de Salvador e Feira de Santana vão ganhar um tom azul, vermelho e branco a partir desta sexta-feira (3). É quando o trailer do filme 'Bahêa Minha Vida' ficará frente a frente com os espectadores, seja torcedor tricolor ou não. O vídeo de divulgação será exibido, ao todo, em 30 salas nos shoppings Barra, Iguatemi, Paralela, Lapa e Ponto Alto, em Salvador, e Boulevard, em Feira de Santana.
O iBahia foi atrás dos produtores e pescou o que vem por aí. "O filme dá vontade de chorar, de rir, de abraçar o companheiro do lado. Alguma coisa vai acontecer com o torcedor que assistir. Serão 90 minutos de fortes emoções", vibra Márcio Cavalcanti, diretor do longa-metragem. Para o iBahia, ele divulga, com exclusividade, uma passagem do filme: entrevista com Rubem Bahia, jogador do clube em 1931, ano de nascimento do clube.
Confira, abaixo, a entrevista com Márcio Cavalcanti (no centro da foto) e os planos do filme Bahêa Minha Vida
Como nasceu a ideia do filme?
Queríamos entender o amor da torcida. Era 2009, e mesmo com o time na Série B, a torcida do Bahia apoiava o time. Chamei um amigo e disse que isso valeria um filme. A partir desde estímulo, começamos a levar a coisa a sério. Passamos a escrever argumento, roteiro, tudo. Já temos três anos nesse projeto.
O filme traz de Daniel Alves ao jornalista Marcelo Barreto, da SporTV. Como foi a seleção dos entrevistados?
Percorremos os 80 anos do time e, naturalmente, você encontra personagens relacionados a cada período da história, além da paixão da torcida. Falamos com especialistas, jornalistas, jogadores...Ninguém soube ainda, mas conseguimos falar até com Rubem Bahia, jogador do início da década de 1930. Encontramos ele lá em Minas Gerais depois que um sobrinho dele entrou em contato com a produção. Hoje ele está com 100 anos, mas lembra de tudo. Inclusive de um gol histórico em 1932. Falamos com Lourinho também, que está lá no Piauí. Está tudo no filme.
Os produtores são Bahia? Fica mais fácil trabalhar assim?
Nem todos, mas 80% do pessoal torce para o Bahia. Isso é legal. Dênis Ferreira, nosso montador, é o torcedor mais forte de todos. Ele chega a chorar três vezes por dia. É muita história. Mas às vezes temos que ter um distanciamento científico para não sermos traídos.
Por que demorou tanto? Você disse que a produção já dura três anos...
Temos investidores efetivos, mas alguns os outros querem ver o produto pronto. Mas, fora isso, corremos atrás de um final feliz para o filme. E ele veio ano passado, quando o Bahia subiu. E trabalhamos muito depois do acesso no ano passado. Para você ter ideia, tivemos mais de 40 diárias pelo Brasil a trabalho depois que o Bahia subiu.
O que vocês esperam do Bahêa Minha Vida?
Mais do que tudo, trazer à tona a paixão da torcida do Bahia. Queremos entender o porquê de tanto amor e nem sei se vamos conseguir. É um filme não só para o torcedor do Bahia, mas para qualquer um que goste de futebol. Ele tem 90 minutos e isso é proposital. Qualquer torcedor está convidado a assistir. É emoção do início ao fim.
E o que os espectadores podem esperar?
O torcedor vai se ver, vai sentir no cinema um clima parecido com o que ele encontra no estádio. Vontade de chorar, abraçar o companheiro do lado, de xingar. Temos a glória do Bahia, o sofrimento e o acesso, que é o que mais mexeu com a torcida. Alguma coisa vai acontecer com ele.
Como está a repercussão, a expectativa para a estreia?
A torcida vem acompanhando a gente desde o início, principalmente pelas redes sociais. É um filme feito em conjunto com a torcida. Sempre trazemos torcedores para acompanhar a produção do filme. O apoio está muito legal.
Quais os planos para depois do lançamento?
Temos um pré-acordo para exibir no Canadá, no circuito comercial, e na Europa, no circuito artístico. Estamos almejando São Paulo também porque lá temos um público grande de torcedores do Bahia. Enfim, estamos negociando. Temos outras novidades, mas não posso contar agora.
Veja o trailer do filme:
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